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O USO DE RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS NA DETECÇÃO PRECOCE DO RISCO DE AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)

Atualizado: 27 de mar. de 2021

Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata brasileiros, apresentando a quarta taxa de mortalidade entre os países da América Latina e Caribe, além de ser a principal causa de incapacidade no mundo. Devido às sequelas, aproximadamente 70% das pessoas não retorna ao trabalho após um AVC e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia.

Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode ser definido como uma deficiência na irrigação de uma determinada região do cérebro levando a um déficit neurológico súbito, podendo ser divido em dois tipos:

· AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação e consequente morte das células cerebrais em uma determinada região, condição essa, denominada de isquemia cerebral. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC. A obstrução pode ocorrer por trombos ou êmbolos.


· AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro, para o sistema ventricular e/ou espaço subaracnóideo (entre o cérebro e a meninge).



A Aterosclerose é caracterizada pelo acumulo gordura na parede de um vaso, que juntamente com cristais de colesterol e cálcio e detritos de gordura tendem a formar uma placa fibrosa, conhecida como ateroma, quando essas placas se tornam muito grandes, expandem as paredes das artérias e diminuem o fluxo sanguíneo na região, podendo levar a uma completa obstrução. Os ateromas podem ser estáveis, ou seja, são placas estáticas que podem aumentar lentamente e levar a uma obstrução, bem como podem ser instáveis, ou seja, podem se quebrar, formando trombos, se deslocar e obstruir qualquer lugar do sistema circulatório.


Muito se fala nos fatores de risco, como diabetes, tabagismo, etilismo, sedentarismo e hipercolesterolemia, porém a aterosclerose é assintomática por um longo tempo durante o seu desenvolvimento e muitas vezes o paciente só desconfia que algo está errado quando a obstrução já é grande o suficiente para causar danos irreversíveis.


As artérias carótidas são responsáveis por conduzir o sangue até o cérebro, a artéria carótida comum bifurca-se em carótida interna e externa na altura das vértebras C3 e C4: esta bifurcação é o local de maior acúmulo de placas de ateroma, se faz importante ressaltar que essa região é possível de ser observada na radiografia panorâmica, exame imaginológico que deve fazer parte da avaliação inicial do paciente, bem como do acompanhamento periódico do mesmo, e sendo o ateroma uma placa fibrosa com depósito de cristais de cálcio, a mesma pode ser observada e diagnosticada de uma forma precoce.




Paciente com calcificação na região carotidea


O cirurgião-dentista como profissional responsável por atuar na região de cabeça e pescoço, deve estar apto a reconhecer imagens compatíveis com ateromas na região de carótida, bem como saber relacionar achados da história clinica pregressa do paciente, para, frente à detecção de quaisquer alterações, poder fazer o devido encaminhamento do paciente ao médico cardiologista, bem como exames complementares como o ultrassom doppler da região, além do mais, é importante ressaltar que o acompanhamento imaginológico, através de radiografias panorâmicas, devidamente interpretadas pelo radiologista responsável e a integração do mesmo a equipe multiprofissional responsável pelo paciente é se suma importância para detecção precoce de várias alterações sistêmicas, bem como na detecção precoce do risco de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).



 

Profª Grasielle Karpstein – CRO-PR 20555

Graduada em Odontologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (2008). Mestrado em Odontologia com área de concentração em Radiologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR (2011).

Pós-graduada em Perícia Criminal e Ciências Forenses, Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG (2016)

Pós-graduada em Saúde Pública, UNOPAR (2017).

Possui Curso de Extensão em Radiologia Forense e Autopsia Virtual pela Universidade de Zurich.

Docente do Curso Técnico em Radiologia com ênfase em Radiodiagnóstico do TECPUC (2013 a 2021) pelo Grupo Marista de Ensino.

Professora e Coordenadora dos cursos da área de Radiologia e Imaginologia da VETA – Escola de Pós-Graduação em Curitiba/PR (2018-2021).

Docente da disciplina Propedêutica Clínica do Curso de Odontologia da Unicesumar – Curitiba(2019-2020).

Docente do Curso Preparatório para Residência em CTBMF.

Docente convidada do Curso de Especialização em Implantodontia do SOEPAR.

Membro da Kenyon - Internacional Emergency Service.

Membro da Sociedade Brasileira de Radiologia Odontológica.

Membro da Sociedade Brasileira de Ética e Odontologia Legal. Membro da Sociedade Internacional de Pesquisa Odontológica (IADR) - Oral & Maxillofacial Surgery Group.

Possui 12 anos de experiencia clínica em Radiologia Odontológica.


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